domingo, 4 de dezembro de 2011

PROBLEMAS COM FRAÇÕES PARA O 4º ANO

ESCOLA DOM AVELAR BRANDÃO VILELA

ALUNO:______________________________________________________________________

1º)  RESOLVA AS QUESTÕES



1.       Dona Maria comprou 1kg de bolo no supermercado e mandou 3/5 para a casa de sua filha. Quantas gramas de bolo foram pra casa da filha dela?







1.       De 356 mangas colhidas ontem, 2/4 mais 25 foram vendidas hoje, quantas dessas mangas ainda não foram vendidas?



2.       Liana comprou meio metro de fita azul e colocou ½ no seu chapéu cor de  rosa, quantos centímetros de fita ela colocou no  chapéu e quantos metros sobraram?





3.       Paulo ganha R$ 1.296,00 por mês como professor e paga 2/4 do seu salário de aluguel. Qual é o valor do aluguel de Paulo e quanto sobra do salário dele para as demais despesas?



4.       A distância da cidade de Rio Verde para a cidade de Montinho é de 695 km, seu Luis Apolinário percorreu 3/5 da estrada de carona num caminhão, quantos quilômetros ele já percorreu e quantos quilômetros faltam ser percorridos para chegar até Montinho?





5.       Um carro pequeno gasta um litro de gasolina para percorrer  1/6 do percurso de uma estrada, sabendo que a estrada mede 90 km, quantos km o carro faz com cada litro de gasolina?



6.       3/8 dos participantes de um concurso  tiraram notas inferiores a  4, sabendo que 1.944 pessoas fizeram o concurso, quantas pessoas tiraram notas superiores a 4?





7.       Neste mesmo concurso onde participaram 1.944 pessoas, ¾ dos participantes eram mulheres. Calcule o número de mulheres no concurso:



8.       3/5 de uma safra de 19.870 kg de uva Itália foram vendidas para o exterior. Quantos kg de uva foram para o exterior e quantos kg ficaram aqui no Brasil?





9.       4/6 da população de uma cidade é constituída de jovens com menos de 21 anos, sabendo que nesta cidade há 45.906 habitantes, quantos jovens com menos de 21 anos há nesta cidade e quantos há com mais de 21 anos?



10.   Um navio com 375 tripulantes vai perder 2/5 da tripulação no próximo porto e seguirá com o restante até o porto de Suape no Recife, quantos passageiros descerão no próximo porto e quantos seguirão até o Recife?





11.   Calcule os horários de Carla e complete a tabela:

FRAÇÃO DO DIA
ATIVIDADE
HORA
¼ do dia
Café da manhã

1/3 do dia
Atividade escolar

½ do dia
Almoço

1/8 do dia
Filme na TV








2º) Calcule:



A.      1/4 de hora :  _________ minutos.

B.      1/3 de hora:_________ minutos.

C.      ½ de hora:___________ minutos.

D.      1/6 de hora: _________minutos.

E.       1/10 de hora: ________ minutos

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO NATALINO

A Estrela Dourada


 A noite estava fria, muito fria, e como todas as vésperas de Natal, a minha mãe e a minha avó estavam a preparar a comida habitual para a ocasião.No centro da mesa estava um peru assado, muito apetitoso, o arroz doce, filhós, tanta coisa, que parecia que a mesa era pequena para tanta comida. O meu pai e o meu avô ainda não tinham chegado do trabalho. Eu, como não tinha nada para fazer, aquecia-me junto da lareira que a minha avó tinha acendido logo de manhã.
Parecia que o tempo não passava, estava ansioso que as pessoas chegassem, pois seria muito mais divertido e o tempo passaria muito mais depressa.Enquanto esperava pelo jantar, espreitei pela janela e as luzes de Natal coloridas que enfeitavam as ruas do Seixal, brilhavam, e a água da baía parecia que estava pintada às cores... era ainda mais bonito porque parecia que a lua estava a tomar banho e brincava. O céu estava estrelado, uma das estrelas cintilava mais que todas as outras...
eu não resisti e perguntei à minha avó se sabia o nome de tal estrela!
A minha avó colocou os seus óculos redondos, espreitou pela janela durante um bocado, pensou um pouco e disse-me:
- Neto, aquela estrela é muito especial.
Dizem que só aparece na noite de Natal. Sabes que nem todos conseguem ver o seu brilho dourado, só pessoas que percebam, verdadeiramente, o espírito de Natal.
Olhei com mais atenção para o brilho da estrela, mas não consegui ver o tal brilho que a minha avó me tinha descrito, fiquei triste e perguntei:
- Mas, avó, eu não consigo ver o brilho dourado, só vejo que esta estrela tem a cor normal das outras estrelas!
A minha avó pensou mais um pouco e respondeu-me:
- Querido neto, não te preocupes com isso, um dia verás esse brilho.
- Deu-me um beijo na testa e voltou para a cozinha.

Fiquei muito tempo a pensar sobre aquilo, e olhei tantas vezes para a estrela, mas não conseguia ver tal brilho, nem fiquei a perceber se a tal história que a minha avó me tinha contado seria mesmo verdadeira
Felizmente, chegou o meu pai e o meu avô, agora até parecia que não estava tanto frio.Comi tanto que já estava enjoado de ver tanta comida, mas nem assim deixei de pensar na dita história.
Ainda pensei perguntar ao meu pai ou talvez à minha mãe, mas achei que devia esperar.
A árvore de Natal estava tão linda, cheia de presentes!... Acho que até brilhava mais do que nos outros anos, talvez porque o pinheiro fosse natural e se sentisse feliz por estar tão enfeitado e porque sabia que depois seria plantado no quintal.
O tempo passou num instante, tinha chegado a hora de abrir os presentes.
Tal como esperava, tive a minha PlayStation II, os jogos que eu gostava, o livro do Harry Potter; o meu avô deu-me uma nota de dois contos para eu gastar no que quisesse. Fiquei tão contente que fui logo jogar, nem dei pelo tempo passar.
Como é hábito, vamos todos a pé à missa do galo e durante o caminho, enquanto iam todos na conversa, voltei a olhar as estrelas, mas achei sempre que o brilho era o mesmo.
Enquanto não começava a missa do galo, fiquei à porta da igreja com a minha avó e reparei que estava uma velhota a pedir esmola. Olhei para os olhos dela e pareciam-me tristes. Fiquei cheio de pena de a ver rota, mal vestida e com frio. Olhei para a minha avó, tirei a nota do bolso que o meu avô me tinha dado e ofereci-a à pobre senhora. A senhora ficou tão feliz que quase não acreditava que a nota era verdadeira.
A minha avó não me disse nada, mas reparei que sorriu com a minha atitude.
Ao regressar a casa, depois da missa, sem querer, olhei para o céu e vi que a estrela tinha um brilho muito dourado.Fiquei admirado e, ao mesmo tempo, feliz porque percebi logo a história da estrela que a minha avó me contara. Afinal, não custa nada, basta ajudar os que precisam para vermos a estrela dourada, ainda mais dourada.
Carlos Mesquita.

Atividade
1.      O que você achou deste texto? Explique:
2.      Que outro título daria a ele?
3.      O menino do texto pertencia a uma família pobre ou abastada? Explique sua resposta com um trecho do próprio texto:
4.      Por que você acha que ele não enxergou o brilho da estrela das primeiras vezes que olhou e o que teria acontecido para que o enxergasse da última vez?
5.      Você indicaria este texto para outra pessoa ler, o que acha que essa pessoa aprenderia com ele?

6.      Observe a fala da avó do menino: “Sabes que nem todos conseguem ver o seu brilho dourado, só pessoas que percebam, verdadeiramente, o espírito de Natal.” Você entende de que espírito de natal ela está falando? Explique:


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

FAMÍLIA E ESCOLA, CONTRADIÇÃO DE PAPÉIS



Já há algum tempo a escola vem invadindo o espaço educacional da família; transgredindo suas regras, desfazendo seus valores, minimizando suas crenças, decidindo por si mesma o momento e a forma de tratar de alguns assuntos, desvalorizando muitas questões culturais por considerá-las senso comum, crendice, inferioridade intelectual, em nome de um conhecimento científico e filosófico que não contribui efetivamente na formação do caráter, na estrutura emocional e psíquica do indivíduo. Não que o conhecimento científico e a formação intelectual não tenham enorme relevância, pelo contrário, abrem perspectivas reais de ampliação social, fornecem elementos necessários à construção de competências e habilidades importantes, agregam valores, propiciam a ação e a reflexão; mas a escola carece delimitar seu campo de atuação, atuar no seu terreno respeitando a área de propriedade da família, oferecer mecanismos de apropriação e construção de conhecimentos intelectuais sem minar os seus alicerces, sem diminuir ou menosprezar e até zombar de suas raízes, sem se portar de forma arrogante e pretenciosa em relação aos seus valores e crenças; a educação escolar não deve ser um processo de transferência dos saberes familiares (inferiores) pelos saberes escolares (superiores), mas um processo de agregação, de enriquecimento.

Quando a escola relativiza ou menospreza os princípios familiares, há uma ruptura prejudicial, há um abalo na estrutura daquele indivíduo que recebeu todas as instruções e ensinamentos daquelas pessoas que lhe são caras, que teve por sábias e capazes de instruí-lo, de encaminhá-lo, de direcioná-lo, um dano que a mesma escola não possui ferramentas capazes de reparar. Quando se danifica a crença nos valores familiares tudo o mais se torna questionável, relativo e sem maior valor, inclusive a autoridade do professor, a legitimidade da escola, a oficialidade e o sentido das regras e leis e o indivíduo tende à instabilidade, à descrença, não desenvolvendo a capacidade de comprometer-se com a escola, a família ou a sociedade e a escola, por sua vez, sobrecarrega-se com demandas que vão além da sua capacidade real de abrangência.

Nas reuniões de formação de professores, nos congressos e até nas universidades há muitas queixas e relatos apontando a ausência da família no processo escolar dos alunos, denúncias de omissão são uma constante no discurso de professores, coordenadores, gestores etc. E não ouso dizer aqui que ambos estejam equivocados, mas é necessário que se reflita que espaço é esse que é oferecido aos familiares no âmbito educacional, que tipo de “participação” realmente se espera da família, há disposição para ouvi-la, para considerá-la, para contemplar seus anseios?  Como essa família é recebida pela escola, sujeito integrante e proponente da comunidade escolar ou corpo estranho que mais ajuda quando fica quieto no seu canto, comparecendo apenas quando solicitado a ouvir passivamente e seguir as diretrizes recomendadas pelo grupo de letrados que estudaram o suficiente para saber a melhor maneira de se dirigir aquele jovem, a fim de contribuir com a educação que a escola se propõe a ministrar?

A importância da família na escola é discurso pronto na boca dos educadores, mas na prática muitas instituições se incomodam e antipatizam pais que cobram direitos como: reposição de aulas, acompanhamento especial para alunos com dificuldades de aprendizagem etc. Muitos professores, gestores, coordenadores, sentem-se vigiados e reagem mal a pais participativos e que buscam acompanhar de perto o processo de ensino-aprendizagem, desejam apenas que os mesmos cumpram seus deveres, como uma via de mão única e infelizmente o corporativismo na escola, como em outras repartições e instituições, acaba por afastar muitas famílias insatisfeitas com estas relações equivocadas e com a sensação de impotência. Há no meio educacional  uma fala preparada atribuindo à família a responsabilidade pelos fracassos escolares, fracassos de uma educação onde as contradições engolem as intenções, num fazer que não se faz pensar e que muitas vezes trabalha no automático, se mecaniza para atender a demandas cada vez mais urgentes e mais técnicas, respondendo a mecanismos de controle financeiro que a sustenta e que não culminam necessariamente em qualidade; um fazer que matematiza tudo e não consegue através de seus dados dar conta da relação complexa entre família e escola, relação essa que precisa ser refletida, socializada, avaliada, redimensionada, mas primordialmente, urge a necessidade de se distinguir e definir seus papéis. A família carece retornar à responsabilidade de educar enquanto a escola cuide mais eficientemente do seu ensino.