sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


PROJETO INFORMÁTICA NA ESCOLA


PROFESSORA LUCIANA ALVES SILVA SOARES

JUSTIFICATIVA
O laboratório de informática de grande parte das escolas públicas da zona rural ainda é uma ferramenta   mal  utilizada; tanto pela carência de pessoal, na monitoria de profissionais capacitados e com projetos concretos de inclusão informática, como ao que diz respeito aos próprios alunos, que, ou não tem acesso (e por parte de alguns há até uma certa resistência) ou não enxergam neste recurso uma possibilidade real de aprendizagem complementar, promotora de inserção e ascensão social e profissional, mas apenas como um meio de diversão  onde acessar jogos, vídeos , músicas e compartilhar informações, fotos etc , em redes sociais.
 Diante deste cenário, reconhecemos a necessidade de um projeto de informática escolar que vise auxiliar os alunos a terem acesso à prática e manuseio de recursos e programas que possam otimizar o cotidiano escolar, que promovam  o desenvolvimento e aperfeiçoamento efetivo de habilidades indispensáveis  para uma cidadania plena e um futuro profissional promissor;  ferramentas que sejam utilizadas e ampliadas ao longo do tempo  desenvolvendo  neles a capacidade de transformar informação em formação e recursos em competências.

OBJETIVOS

Refletir na informática enquanto instrumento de formação, inclusão e ascensão social;
Conhecer os elementos pertinentes ao hardwer e softwer;
Explorar mecanismos básicos como ligar, desligar, reiniciar, scanear, abrir programas,  trocar  e acoplar acessórios e etc.
Conhecer e utilizar os mecanismos básicos do Windows;
Desenvolver habilidades de utilização dos editores de texto (Word e Word pad)
Reconhecer as funções do teclado;
Elaborar trabalhos com recursos do Microsoft Power point;
Discutir questões éticas relacionadas à internet como  ciberbulyng, crimes virtuais etc.
Interagir em ambientes virtuais  como fóruns, comunidades, blogs etc
Refletir nos perigos da internet e na necessidade de preservar-se e proteger-se na rede.


CONTEÚDO

A informática como instrumento de inclusão e ascensão social e profissional;
Hardwer e Softwer, o que são?
Passeando pelo PC;
Conhecendo um pouco do Microsoft Windows;
Escrevendo e editando textos;
Conhecendo melhor o teclado;
Desenvolvendo trabalhos no Power point;
Ética virtual;
Interagindo na rede;
Os perigos da internet.

PÚBLICO ALVO:

 Alunos do 6º e 7º ano do ensino fundamental ou das fases 1 e 2 do EJA.
Turmas divididas em grupos de dez alunos

CRONOGRAMA:

O conteúdo programado será dividido ao longo das quatro unidades letivas do ano de 2013, de acordo com o rendimento dos grupos e um mínimo de dois conteúdos por unidade.

As mesmas poderão ser realizadas no contra-turno (para as turmas do fundamental ) e ou substituírem as aulas de arte no horário do EJA.


AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados a cada conteúdo levando-se em conta a freqüência, participação, comprometimento e execução das atividades propostas.

Material:
Material de informática, datashow, papel ofício, material para cartazes (cartolinas, pincéis, etc.)









sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Conteúdos de filosofia do ensino médio



CONTEÚDOS DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO
Sociologia – 1º ano
1º Bimestre
2º Bimestre
3º Bimestre
4º Bimestre

1 – O surgimento da sociologia
2 – As teorias sociológicas na compreensão do presente

3 – A produção sociológica brasileira
4 – A instituição escolar

5 – A instituição religiosa

6 – A instituição familiar
Sociologia – 2º ano
1º Bimestre
2º Bimestre
3º Bimestre
4º Bimestre

1 – Diversidade cultural brasileira

2 – Cultura: criação ou apropriação?

3 – O processo de trabalho e a desigualdade social

4 – Globalização

Sociologia – 3º ano
1º Bimestre
2º Bimestre
3º Bimestre
4º Bimestre

1 – Ideologia

2 – Formação do Estado moderno

3 – Movimentos sociais
4 – Movimentos agrários no Brasil

5 – Movimento estudantil
 POSTADO POR PINHEIROSONLINE

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

TEXTOS RIQUÍSSIMOS QUE ENCONTREI NA NET


Por Paulo Roberto Gaefke



Observando
algumas formigas no jardim aqui de casa, percebi que todas seguiam uma
mesma rota carregando folhas maiores que elas mesmas, mas, seguiam
firme em direção ao formigueiro que descobri poucos passos adiante, o
que para elas deveria representar uma grande viagem.
De repente
percebo que uma delas está com uma folha exageradamente grande nas
costas, deveria ser pelo menos vinte vezes maior que ela, e seu esforço
era notado a distância. Fiquei ali imaginando o orgulho dessa formiga
presunçosa, carregando aquela folha gigantesca e como ela deveria estar
ansiosa em mostrar a formiga rainha como ela era forte, como ela era
capaz, quem sabe até ganharia uma promoção?

Enquanto a fila de
formigas seguia em direção ao formigueiro, essa formiga girava em volta
de si mesma, sem conseguir sair do lugar, seu esforço era tão grande
que mal avançava um passo, voltava dois para trás, estava tão cega, tão
entretida na sua luta de carregar aquele mundão nas costas que nem
percebeu que todas as formigas largaram as folhas para escapar do pé de
um menino que vinha correndo atrás de uma bola.

As formigas escaparam por pouco, mas nossa amiguinha não teve a mesma sorte, morreu esmagada, agarrada a sua folha gigante.

Assim
como a formiga, nós seres humanos inteligentes e sensíveis, vez em
quando queremos carregar mais coisas em nossas costas que podemos
suportar, os problemas dos outros, as dores do mundo e a ganância de
querer sempre mais, de ser mais e melhor e quando acordamos para a
realidade estamos esmagados pelo peso de nossa insensatez.

Cuide mais de você, o dia passa, as pessoas passam, o tempo passa, mas você fica.
Você
será a sua eterna companhia, todos podem até fugir de você, mas você
não pode fugir desse encontro com você mesmo, com a sua paz interior,
com a sua felicidade.

Por amor a você, carregue apenas a sua mala, e de preferência, o mais vazia possível!


LEIA, REFLITA, OUSE MUDAR, SEJA MELHOR, VIVA MELHOR.

 Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".
Luís Fernando Veríssimo

TEXTOS RIQUÍSSIMOS QUE ENCONTREI NA NET



Uma Flor rara

Havia uma jovem muito rica, que tinha tudo: um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que lhe pagava muitíssimo bem, uma família unida.
O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo isso, o trabalho e os afazeres lhe ocupavam todo o tempo e a sua vida estava deficitária em algumas áreas.
Se o trabalho lhe consumia muito tempo, ela tirava dos filhos,se surgiam problemas, ela deixava de lado o marido…
E assim, as pessoas que ela amava eram sempre deixadas para depois.
Até que um dia, seu pai, um homem muito sábio, lhe deu um presente: uma flor muito cara e raríssima, da qual havia um apenas exemplar em todo o mundo.
E disse à ela: – Filha, esta flor vai te ajudar muito mais do que você imagina! Você terá apenas que regá-la e podá-la de vez em quando, ás vezes conversar um pouquinho com ela, e ela te dará em troca esse perfume maravilhoso e essas lindas flores.
A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza sem igual. Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o trabalho consumia todo o seu tempo, e a sua vida, que continuava confusa, não lhe permitia cuidar da flor.
Ela chegava em casa,olhava a flor e as flores ainda estavam, lá, não mostravam sinal de fraqueza ou morte, apenas estavam lá, lindas, perfumadas.
Então ela passava direto. Até que um dia, sem mais nem menos, a flor morreu.
Ela chegou em casa e levou um susto! Estava completamente morta, suas raízes estavam ressecadas, suas flores caídas e suas folhas amarelas.
A jovem chorou muito, e contou a seu pai o que havia acontecido.
Seu pai então respondeu: – Eu já imaginava que isso aconteceria, e eu não posso te dar outra flor,porque não existe outra igual a essa, ela era única, assim como seus filhos, seu marido e sua família.
Todos são bênçãos que o Senhor te deu, mas você tem que aprender a regá-los, podá-los e dar atenção a eles, pois assim como a flor, os sentimentos também morrem.
Você se acostumou a ver a flor sempre lá, sempre florida, sempre perfumada, e se esqueceu de cuidar dela. Cuide das pessoas que você ama!
E você?
Tem cuidado das bênçãos que Deus tem lhe dado?
Lembre-se da flor, pois como ela são as bênçãos do Senhor:
Ele nos dá, mas nós é que temos que cuidar delas.

TEXTOS RIQUÍSSIMOS QUE ENCONTREI NA NET


Escolhas de uma vida 

A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".

Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.

Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".

Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.

As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...

Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.

Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.

Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.

Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!
Pedro Bial

TEXTOS RIQUÍSSIMOS QUE ENCONTREI NA NET



Dar de si mesmo.

Laurinha, embora contasse apenas com oito anos de idade, tinha um coração generoso e muito desejoso de ajudar as pessoas.
Certo dia, na aula de Evangelização Infantil que freqüentava, ouvira a professora, explicando a mensagem de Jesus,  falar da importância de se fazer caridade, e Laurinha pôs-se a pensar no que ela, ainda tão pequena, poderia fazer de bom para alguém.
Pensou...pensou... e resolveu:
-         Já sei! Vou dar dinheiro a algum necessitado.
Satisfeita com sua decisão, procurou entre as coisas de sua mãe e achou uma linda moeda.
Vendo Laurinha com dinheiro na mão e encaminhando-se para a porta da rua, a mãe quis saber onde ela ia.
Contente por estar tentando fazer uma boa ação, a menina respondeu:
-         Vou dar esse dinheiro a um mendigo!
A mãezinha, contudo, considerou:
-         Minha filha, esta moeda é minha e você não pode dá-la  a ninguém porque não lhe pertence.
Sem graça, a garota devolveu a moeda à mãe e foi para a sala, pensando...
-         Bem, se não posso dar dinheiro, o que poderei dar?
Meditando, olhou distraída para a estante de livros e uma idéia surgiu:
-         Já sei! A professora sempre diz que o livro é um tesouro e que traz muitos benefícios para quem o lê.
Eufórica por ter decidido, apanhou na estante um livro que lhe pareceu interessante, e já ia saindo na sala quando o pai, que lia o jornal acomodado na poltrona preferida, a interrogou:
-         O que você vai fazer com esse livro, minha filha?
Laurinha estufou o peito e informou:
-         Vou dá-lo a alguém!
Com serenidade, o pai tomou o livro da filha, afirmando:
-         Este livro não é seu Laurinha. É meu, e você não pode dá-lo a ninguém.
Tremendamente desapontada, Laurinha resolveu dar uma volta. Estava triste, suas tentativas para fazer a caridade não tinham tido bom êxito e, caminhando pela rua, continha as lágrimas que teimavam em cair.
-         Não é justo! – resmungava. – Quero fazer o bem e meus pais não deixam.
Nisso, ela viu uma coleguinha da escola sentada num banco da pracinha. A menina parecia tão triste e desanimada que Laurinha esqueceu o problema que a afligia.
Aproximando-se, perguntou gentil:
-         O que você tem Raquel?
A outra, levantando a cabeça e vendo Laurinha a seu lado, desabafou:
-         Estou chateada, Laurinha, porque minhas notas estão péssimas. Não consigo aprender a fazer contas de dividir, não sei tabuada e tenho ido muito mal nas provas de matemática. Desse jeito, vou acabar perdendo o ano. Já não bastam as dificuldades que temos em casa, agora meus pais vão ficar preocupados comigo também.
Laurinha respirou,  aliviada:
-         Ah! Bom, se for por isso,  não precisa ficar triste. Quanto aos outros problemas, não sei. Mas, em relação à matemática, felizmente, não tenho dificuldades e posso ajudá-la. Vamos até sua casa e tentarei ensinar a você o que sei.
Mais animada, Raquel conduziu Laurinha até a sua casa, situada num bairro distante e pobre. Ficaram a tarde toda estudando.
Quando terminaram, satisfeita, Raquel não sabia como agradecer à amiga.
-         Laurinha, aprendi direitinho o que você ensinou. Não imagina como foi bom tê-la  encontrado naquela hora e o bem que você me fez hoje. Confesso que não tinha grande simpatia por você. Achava-a orgulhosa, metida, e vejo que não é nada disso. É muito legal e uma grande amiga. Valeu.
Sentindo grande sensação de bem-estar, Laurinha compreendeu a alegria de fazer o bem. Quando menos esperava, sem dar nada material, percebia que realmente ajudara alguém.
Despediram-se, prometendo-se mutuamente continuarem a estudar juntas.
Retornando para a casa, Laurinha contou à mãe o que fizera, comentando:
-         A casa de Raquel é muito pobre, mamãe, acho que estão necessitando de ajuda. Gostaria de poder fazer alguma coisa por ela. Posso dar-lhe algumas roupas que não me servem mais? – Perguntou, algo temerosa, lembrando-se das “broncas” que levara algumas horas antes.
A senhora abraçou a filha, satisfeita:
-         Estou muito orgulhosa de você, Laurinha, Agiu verdadeiramente como cristã, ensinando o que sabia. Quanto às roupas, são “suas” e poderá fazer com elas o que achar melhor.
Laurinha arregalou os olhos, sorrindo feliz e, afinal, compreendendo o sentido da caridade.
- É verdade mamãe. São minhas! Amanhã mesmo levarei para Raquel. E também alguns sapatos, um par de tênis e uns livros de histórias que já li.


ATIVIDADE PARA O PRIMEIRO DIA DE AULA


CONHECENDO MELHOR A CADA UM
ESCOLA DOM AVELAR BRANDÃO VILELA
ALUNO: ___________________________________________________
PROFESSORA LUCIANA SOARES


a. O que eu mais gosto de fazer?
b. O que menos gosto de fazer?
c. Uma qualidade minha é:
d. Um defeito meu é:
e. Qual profissão desejo exercer:


FILOSOFIA

A VERDADE E A PARÁBOLA.

                                       (CONTO JUDAIC0)



     Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como seu próprio nome.

     E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas.

     Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.

     Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante.

     — Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola.

     — Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! — respondeu a amargurada Parábola.

     — Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam você. Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.

     Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.
*

     Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles preferem-na disfarçada


TEXTOS RIQUÍSSIMOS QUE PESQUISEI NA NET

A LIÇÃO DA BORBOLETA


"Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo; um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.
Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso.
Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais.
Então o homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente.
Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas
O homem continuou a observá-la,  porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar a tempo.
Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.
O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo pelo qual a Natureza fazia com que o fluído do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de forma que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida."

TEXTOS RIQUÍSSIMOS QUE PESQUISEI NA NET

A ação de Deus

Linda era uma modelo famosa. Requisitada e disputada, conseguia contratos milionários. Apesar do dinheiro, da fama e da beleza, ela não era feliz.
Sentia um imenso vazio por dentro. Sofria de pavor, ansiedade e insônia. Pensou em tomar medicamentos. Alguns amigos aprovaram, outros não.
Ela decidiu procurar outras terapias. Assinou contratos que jamais havia sonhado. Trabalhava muito, mas continuava atormentada.
Um dia, pela manhã, indo de carro para o trabalho, pelo caminho costumeiro, o trânsito parou. Um guarda estava desviando todo o trânsito para uma ruazinha estreita, porque um encanamento havia rompido na avenida principal.
Dirigindo lentamente pela rua desconhecida, ela passou em frente a uma igreja. Um cartaz, escrito à mão, dizia: “Sem Deus não há paz. Conheça Deus, conheça a paz. Todos são bem-vindos”.
Ela achou estranho e seguiu em frente. No dia seguinte, fazendo o mesmo trajeto, o trânsito parou. Um incêndio em uma loja fez com que, outra vez, o trânsito fosse desviado por aquela mesma ruazinha.
“De novo!”, pensou Linda. E passou outra vez pela igreja. Lá estava o cartaz, que agora lhe pareceu atraente.
De dentro do carro, espiou o interior da igreja.
No terceiro dia, ela pensou em mudar de trajeto. Mas achou que estava sendo muito boba. Afinal, qual era a probabilidade de, em três dias seguidos, acontecer o desvio do trânsito, no mesmo local?
“Vai ser um teste”, pensou. “Se acontecer alguma coisa e o trânsito for desviado, vou ter certeza de que é um sinal”.
Quando ela chegou na avenida, lá estavam os policiais outra vez. “Um grande acidente”, explicou um dos policiais, desviando o trânsito, para a já conhecida ruazinha.
“É demais”, falou Linda, consigo mesma. Estacionou o carro e entrou na igreja. Lá dentro, havia apenas um padre. Ele ergueu os olhos, olhou para ela com um sorriso e perguntou:
“Por que demorou tanto?” – Ele havia visto o carro de Linda passar ali nos três dias. Eles conversaram muito e como resultado, Linda passou a freqüentar a pequena igreja.
Encontrou a paz e a serenidade que estava esperando. Exatamente como dizia o cartaz. Ela precisava de Deus na sua vida. E, sem dúvida, fora Deus que providenciara para que, de alguma forma, entendesse que ela precisava voltar-se para Ele, alimentar o seu espírito com a fé, a esperança e o amor.
* * *
A Providência Divina sempre se faz presente em nossas vidas. Ocorre que, nem sempre, estamos de olhos e ouvidos atentos para perceber e entender.
Filhos bem-amados do Criador, não podemos esquecer de buscar o amparo desse Pai amoroso e bom, para que Nele encontremos o nosso refúgio seguro.
Muitos O procuram nas igrejas, nos templos. Outros, nos livros. Alguns tentam o coração do próximo para ver se ali descobrem Deus.
Em verdade, muitos são os caminhos, mas o encontro verdadeiro se dá portas adentro do nosso coração.

Interpretação de Texto
Essa atividade foi elaborada para o ensino fundamental, mas o texto pode muito bem ser utilizado nas aulas de sociologia e filosofia do ensino médio.

ESCOLA DOM AVELAR BRANDÃO VILELA
ALUNO: ______________________________________________
DATA: _______________________

Leia atentamente o texto abaixo para responder ao que se pede. Estruture resposta completa.

GENTE É BICHO E BICHO É GENTE
Querido Diário, não tenho mais dúvida de que este mundo está virado ao avesso! Fui ontem à cidade
com minha mãe e você não faz idéia do que eu vi. Uma coisa horrível,horripilante, escabrosa, assustadora,
triste, estranha, diferente, desumana... E eu fiquei chateada.
Eu vi um homem, um ser humano, igual a nós, remexendo na lata de lixo. E sabe o que ele estava
procurando? Ele buscava, no lixo, restos de alimento. Ele procurava comida!
Querido Diário, como pode isso? Alguém revirando uma lata cheia de coisas imundas e retirar dela algo
para comer? Pois foi assim mesmo, do jeitinho que estou contando. Ele colocou num saco de plástico enorme
um montão de comida que um restaurante havia jogado fora. Aarghh!!! Devia estar horrível!
Mas o homem parecia bastante satisfeito por ter encontrado aqueles restos. Na mesma hora, querido
Diário, olhei assustadíssima para a mamãe. Ela compreendeu o meu assombro. Virei para ela e perguntei: “Mãe,
aquele homem vai comer aquilo?” Mamãe fez um “sim” com a cabeça e, em seguida, continuou: “Viu, entende
por que eu fico brava quando você reclama da comida?”.
É verdade! Muitas vezes, eu me recuso a comer chuchu, quiabo, abobrinha e moranga. E larguei no
prato, duas vezes, um montão de repolho, que eu odeio! Puxa vida! Eu me senti muito envergonhada!
Vendo aquela cena, ainda me lembrei do Pó, nosso cachorro. Nem ele come uma comida igual àquela
que o homem buscou do lixo. Engraçado, querido Diário, o nosso cão vive bem melhor do que aquele homem.
Tem alguma coisa errada nessa história, você não acha?
Como pode um ser humano comer comida do lixo e o meu cachorro comer comida limpinha? Como
pode, querido Diário, bicho tratado como gente e gente vivendo como bicho? Naquela noite eu rezei, pedindo
que Deus conserte logo este mundo. Ele nunca falha. E jamais deixa de atender os meus pedidos. Só assim, eu
consegui adormecer um pouquinho mais feliz.
(OLIVEIRA, Pedro Antônio. Gente é bicho e bicho é gente. Diário da Tarde. Belo Horizonte, 16 out. 1999).


01. O texto lido é do gênero “Relato Pessoal”, do tipo “Diário”. Que marcas textuais comprovam essa
afirmativa?



02. A narradora inicia seu relato afirmando não ter mais dúvida de que o mundo está “virado ao avesso”? Por que ela afirma isso?




03. O texto aborda uma problemática social muito específica. Indique tal problemática e justifique sua resposta.



04. Em certo trecho, a narradora se diz muito envergonhada? Do que ela se envergonha?



05. A narradora compara a vida de seu cachorro à vida do homem que buscava comida no lixo. A partir dessa comparação, pode-se afirmar que o autor do texto quer mostrar a vida humana, muitas vezes, sendo menos valorizada que a vida de um animal? Justifique seus comentários.




06. No final do relato, a narrador deposita sua confiança em um ser divino. Por que ela não deposita essa
confiança em outro ser humano? Explique.




07. Em sua opinião, o que pode ser feito para diminuir o sofrimento de pessoas como o homem retratado no
relato? Justifique


 FILME: “JOHN CARTER, ENTRE DOIS MUNDOS”


ATIVIDADE DE INTERPRETAÇÃO
Aluno:___________________________________________________________
                                         

ESSE FILME É MUITO INTERESSANTE, ELE PODE SER UTILIZADO PARA ABORDAR DIVERSOS TEMAS, INCLUSIVE CONCEITOS DE LIBERDADE, ÉTICA, MORALIDADE ETC.

Como você compreende o título desse filme, quais eram os dois mundos? Você achou-o adequado? Que outro título você daria ao filme?



No inicio do filme o tio falecido deixa um diário para seu sobrinho e herdeiro contando a sua maior aventura, iniciando nas montanhas do Arizona, onde encontra uma caverna mística e é transportado acidentalmente para Marte, onde encontra gravidade e formas de vida diferente dos terrestres e uma cidade ameaçada de extermínio e envolvida numa guerra terrível da qual acaba fazendo parte. Como você descreveria a personalidade e o caráter de John Carter?


À medida que travava uma guerra para ajudar a princesa Dejah, por quem ficava cada vez mais apaixonado, John Carter convive com lembranças tristes e atormentadoras, que lembranças são estas?



Na trama do filme, os mundos ou planetas sofriam a interferência de seres misteriosos e imortais, na sua opinião, eles eram bons ou maus? Explique:


Que acontecimento surpreendeu os espectadores no que parecia ser o final do filme? Qual foi o verdadeiro final? Você gostou?

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

FILOSOFIA


História de Platão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Platão (em grego antigo: Πλάτων, Plátōn, 428/427 – 348/347 A.C.) foi um antigo filósofogrego, o segundo do grande trio dos antigos gregos Sócrates, Platão e Aristóteles, tidos como responsáveis pelas bases da filosofia ocidental.[1]
Pouco é conhecido sobre a juventude e a educação de Platão. O filósofo descende de uma das famílias mais ricas e politicamente ativas de Atenas. Ele é descrito como um rapaz brilhante, embora modesto, que se sobressaiu em seus estudos. Seu pai providenciou tudo o que fosse necessário para dar a seu filho uma boa educação e, portanto, acredita-se que Platão tenha sido instruído em gramática, música, ginástica e filosofia pelos mais distintos mestres do seu tempo.
]Data e local do nascimento
A data exata do nascimento de Platão não é conhecida. Baseada em antigas fontes, a maioria dos estudiosos estima que Platão tenha nascido entre 428 e 427 A.C.. Ogramático Apolodoro defende em sua "crônicas" que Platão nasceu no primeiro ano da octagésima oiktava olímpiadas (427 ac), no sétimo dia do mês Thargelion;[2] de acordo com a tradição o deus Apolo também nasceu neste dia [3] De acordo com outro biógrafo, Neantes de Cizicus, Platão morreu aos 84 anos.[4]
Se aceitamos a versão de Neantes, Platão era mais jovem seis anos que Isócrates, e portanto nasceu no segundo ano da 87a.Olimpíadas, ano da morte de Péricles (429 ac.).

 Apuleio informa que Speusippus admiriva a velocidade de raciocínio de Platão e sua modéstia como um rapaz a quem "os primeiras frutos da juventude trouxeram o trabalho árduo e o amor pelos estudos".[6] Posteriormente o próprio Platão caracterizou como presentes da natureza a facilidade para aprender, a memória, a sagacidade, o velocidade de apreensão e seu corolário, o espírito jovem e magnanimidade de alma [7].

FILOSOFIA


Mito da caverna
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O mito da caverna, também conhecido como alegoria da caverna, prisioneiros da caverna ou parábola da caverna, foi escrito pelo filósofo grego Platão e encontra-se na obra intitulada no Livro VII de A República. Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade, onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.[1]
Mito da caverna
Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira.[1] Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras.
Platão não buscava as verdadeiras essências na simplesmente Phýsis, como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que acaso se liberte, como Sócrates correria o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes. Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna: ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, ideias enganosas e, por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades.
O diálogo de Sócrates e Glauco
Trata-se de um diálogo metafórico onde as falas na primeira pessoa são de Sócrates, e seus interlocutores, Glauco e Adimanto, são os irmãos mais novos de Platão. No diálogo, é dada ênfase ao processo de conhecimento, mostrando a visão de mundo do ignorante, que vive de senso comum, e do filósofo, na sua eterna busca da verdade.
Sócrates – Agora imagina a maneira como segue o estado da nossa natureza relativamente à instrução e à ignorância. Imagina homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, com uma entrada aberta à luz; esses homens estão aí desde a infância, de pernas e pescoços acorrentados, de modo que não podem mexer-se nem ver senão o que está diante deles, pois as correntes os impedem de voltar a cabeça; a luz chega-lhes de uma fogueira acesa numa colina que se ergue por detrás deles; entre o fogo e os prisioneiros passa uma estrada ascendente. Imagina que ao longo dessa estrada está construído um pequeno muro, semelhante às divisórias que os apresentadores de títeres armam diante de si e por cima das quais exibem as suas maravilhas.
Glauco – Estou vendo.
Sócrates – Imagina agora, ao longo desse pequeno muro, homens que transportam objetos de toda espécie, que os transpõem: estatuetas de homens e animais, de pedra, madeira e toda espécie de matéria; naturalmente, entre esses transportadores, uns falam e outros seguem em silêncio.
Glauco - Um quadro estranho e estranhos prisioneiros.
Sócrates — Assemelham-se a nós. E, para começar, achas que, numa tal condição, eles tenham alguma vez visto, de si mesmos e de seus companheiros, mais do que as sombras projetadas pelo fogo na parede da caverna que lhes fica defronte?
Glauco — Como, se são obrigados a ficar de cabeça imóvel durante toda a vida?
Sócrates — E com as coisas que desfilam? Não se passa o mesmo?
Glauco — Sem dúvida.
Sócrates — Portanto, se pudessem se comunicar uns com os outros, não achas que tomariam por objetos reais as sombras que veriam?
Glauco — É bem possível.
Sócrates — E se a parede do fundo da prisão provocasse eco sempre que um dos transportadores falasse, não julgariam ouvir a sombra que passasse diante deles?
Glauco — Sim, por Zeus!
Sócrates — Dessa forma, tais homens não atribuirão realidade senão às sombras dos objetos fabricados?
Glauco — Assim terá de ser.
Sócrates — Considera agora o que lhes acontecerá, naturalmente, se forem libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância. Que se liberte um desses prisioneiros, que seja ele obrigado a endireitar-se imediatamente, a voltar o pescoço, a caminhar, a erguer os olhos para a luz: ao fazer todos estes movimentos sofrerá, e o deslumbramento impedi-lo-á de distinguir os objetos de que antes via as sombras. Que achas que responderá se alguém lhe vier dizer que não viu até então senão fantasmas, mas que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê com mais justeza? Se, enfim, mostrando-lhe cada uma das coisas que passam, o obrigar, à força de perguntas, a dizer o que é? Não achas que ficará embaraçado e que as sombras que via outrora lhe parecerão mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?
Glauco - Muito mais verdadeiras.
Sócrates - E se o forçarem a fixar a luz, os seus olhos não ficarão magoados? Não desviará ele a vista para voltar às coisas que pode fitar e não acreditará que estas são realmente mais distintas do que as que se lhe mostram?
Glauco - Com toda a certeza.
Sócrates - E se o arrancarem à força da sua caverna, o obrigarem a subir a encosta rude e escarpada e não o largarem antes de o terem arrastado até a luz do Sol, não sofrerá vivamente e não se queixará de tais violências? E, quando tiver chegado à luz, poderá, com os olhos ofuscados pelo seu brilho, distinguir uma só das coisas que ora denominamos verdadeiras?
Glauco - Não o conseguirá, pelo menos de início.
Sócrates - Terá, creio eu, necessidade de se habituar a ver os objetos da região superior. Começará por distinguir mais facilmente as sombras; em seguida, as imagens dos homens e dos outros objetos que se refletem nas águas; por último, os próprios objetos. Depois disso, poderá, enfrentando a claridade dos astros e da Lua, contemplar mais facilmente, durante a noite, os corpos celestes e o próprio céu do que, durante o dia, o Sol e sua luz.
Glauco - Sem dúvida.
Sócrates - Por fim, suponho eu, será o sol, e não as suas imagens refletidas nas águas ou em qualquer outra coisa, mas o próprio Sol, no seu verdadeiro lugar, que poderá ver e contemplar tal qual é.
Glauco - Concordo.
Sócrates - Depois disso, poderá concluir, a respeito do Sol, que é ele que faz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível e que, de certa maneira, é a causa de tudo o que ele via com os seus companheiros, na caverna.
Glauco - É evidente que chegará a essa conclusão.
Sócrates - Ora, lembrando-se de sua primeira morada, da sabedoria que aí se professa e daqueles que foram seus companheiros de cativeiro, não achas que se alegrará com a mudança e lamentará os que lá ficaram?
Glauco - Sim, com certeza, Sócrates.
Sócrates - E se então distribuíssem honras e louvores, se tivessem recompensas para aquele que se apercebesse, com o olhar mais vivo, da passagem das sombras, que melhor se recordasse das que costumavam chegar em primeiro ou em último lugar, ou virem juntas, e que por isso era o mais hábil em adivinhar a sua aparição, e que provocasse a inveja daqueles que, entre os prisioneiros, são venerados e poderosos? Ou então, como o herói de Homero, não preferirá mil vezes ser um simples lavrador, e sofrer tudo no mundo, a voltar às antigas ilusões e viver como vivia?
Glauco - Sou de tua opinião. Preferirá sofrer tudo a ter de viver dessa maneira.
Sócrates - Imagina ainda que esse homem volta à caverna e vai sentar-se no seu antigo lugar: Não ficará com os olhos cegos pelas trevas ao se afastar bruscamente da luz do Sol?
Glauco - Por certo que sim.
Sócrates - E se tiver de entrar de novo em competição com os prisioneiros que não se libertaram de suas correntes, para julgar essas sombras, estando ainda sua vista confusa e antes que seus olhos se tenham recomposto, pois habituar-se à escuridão exigirá um tempo bastante longo, não fará que os outros se riam à sua custa e digam que, tendo ido lá acima, voltou com a vista estragada, pelo que não vale a pena tentar subir até lá? E se alguém tentar libertar e conduzir para o alto, esse alguém não o mataria, se pudesse fazê-lo?
Glauco - Sem nenhuma dúvida.
Sócrates - Agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar, ponto por ponto, esta imagem ao que dissemos atrás e comparar o mundo que nos cerca com a vida da prisão na caverna, e a luz do fogo que a ilumina com a força do Sol. Quanto à subida à região superior e à contemplação dos seus objetos, se a considerares como a ascensão da alma para a mansão inteligível, não te enganarás quanto à minha idéia, visto que também tu desejas conhecê-la. Só Deus sabe se ela é verdadeira. Quanto a mim, a minha opinião é esta: no mundo inteligível, a idéia do bem é a última a ser apreendida, e com dificuldade, mas não se pode apreendê-la sem concluir que ela é a causa de tudo o que de reto e belo existe em todas as coisas; no mundo visível, ela engendrou a luz; no mundo inteligível, é ela que é soberana e dispensa a verdade e a inteligência; e é preciso vê-la para se comportar com sabedoria na vida particular e na vida pública.
Glauco - Concordo com a tua opinião, até onde posso compreendê-la.
(Platão. A República. Livro VII)
Interpretação da alegoria
O mito da caverna é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância,[1] isto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional, sistemático e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas na causalidade.
Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da consciência, isto é, do conhecimento abrange dois domínios: o domínio das coisas sensíveis (eikasia e pístis) e o domínio das idéias (diánoia e nóesis). Para o filósofo, a realidade está no mundo das idéias - um mundo real e verdadeiro - e a maioria da humanidade vive na condição da ignorância, no mundo das coisas sensíveis - este mundo -, no grau da apreensão de imagens (eikasia), as quais são mutáveis, não são perfeitas como as coisas no mundo das idéias e, por isso, não são objetos suficientemente bons para gerar conhecimento perfeito.
Exemplos
Este tema - realidade ou aparência - foi retomado ao longo da história da cultura ocidental por muitos filósofos e alguns escritores, embora com perspectivas distintas. Um deles Calderón de la Barca na obra A vida é um sonho.
Exemplos mais modernos podem ser a série Persons Unknown, o livro Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley, 1932), o filme Matrix(Irmãos Wachowski, 1999) e também A Ilha livro de (Aldous Huxley), dirigido no cinema por Michael Bay de 2005. Outro autor que utilizou, paródicamente, essa parábola platônica foi o autor José Saramago, em seu livro A Caverna.
Referências