quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Reflexão para os professsores

PRA PENSAR UM POUCO
“Amar ao próximo como a ti mesmo”
Esse texto consiste no princípio fundamental do cristianismo, que de tão conhecido tem sido constantemente negligenciado e de tão sublime, torna-se  cada dia mais difícil de se assimilar e conceber.
Creio que alguns de nós tenhamos filhos, outros não, mas sendo filhos talvez compreendamos todos, pelo menos um pouco do que venho refletir: Um filho é uma benção, uma dádiva divina e a despeito de todo o trabalho, todo sofrimento e sacrifício eles são sem dúvida nosso canal afetivo, nosso calcanhar de Aquiles, ou seja, nosso ponto fraco e mais que isso, são o nosso ponto forte; por eles nós desafiamos um mundo de intempéries, nós enfrentamos o impensado, nos munimos de força e coragem que sequer sabíamos que tínhamos. Os filhos nos fazem sonhar além de nós mesmos, projetar um futuro próspero, seguro, feliz e lutarmos com todas as nossas forças para a concretização desses ideais. Somos sua torcida mais fanática, seus guarda-costas, estamos dispostos a fazer o que estiver ao nosso alcance para que tudo dê certo em suas vidas, para que tenham o melhor que puderem, para que sejam bem sucedidos em todos os aspectos de suas vidas.
Penso que todos os pais que tem uma compreensão mínima do funcionamento deste mundo, do mercado de trabalho, da sociedade em geral entendem o quanto a educação escolar é fundamental para a formação, o desenvolvimento e o aproveitamento das oportunidades que poderão surgir diante dos filhos e exigem que os mesmos estejam preparados para aproveitá-las; que reconhecem no ensino um relevante mecanismo de ascensão social, que percebem na QUALIDADE do ensino a oportunidade de concretização destes sonhos e metas que tão esperançadamente projetamos para eles e com eles.
Certamente concordamos que aqueles a quem tão profundamente amamos, por quem torcemos, sofremos e nos doamos necessitam da melhor educação possível; de uma escola agradável, dinâmica e que se proponha a múltiplos saberes; um lugar onde sejam acolhidos, considerados, onde tenham bons exemplos, com profissionais comprometidos, éticos, que tenham como meta o seu aprendizado, seu desenvolvimento, seu sucesso.
Diante disto, cabe a nós gestores, professores e funcionários nos perguntarmos: _ tenho me proposto a fazer esta escola , sido comprometido, cumpridor dos meus deveres, executor de um projeto de sociedade mais humana e mais democrática que eu desejo que meu filho encontre e que fará a diferença na formação e no sucesso de tantos filhos e tantos sonhos a mim confiado? Tenho sido esse sujeito, esse profissional confiável que certamente desejo que meu filho encontre ao longo de sua trajetória? Eu gostaria que os professores de meu filho fossem exatamente iguais a mim e o tratassem como eu trato meus alunos?
Se olharmos a realidade da escola pública, salvo algumas poucas exceções, observaremos que a fragilidade social das famílias que atendemos é em geral bem maior que a nossa própria; pobres remediados, assalariados, que em sua maioria vê na escola privada (embora a correspondência nem sempre seja verídica) a salvação de futuro dos nossos próprios filhos, pois que lidamos diariamente com um sistema roto, capenga, e o descrédito das instituições que têm não apenas a cara do governo ou do sistema, mas também a nossa própria.Esta fragilidade nos coloca em um papel de suma importância, estando diante de nós filhos que talvez necessitem essencialmente do nosso empenho, nossa boa vontade, nossa articulação.Talvez eu seja o que há de mais estável ou confiável para esse jovem e minhas palavras e atitudes tenham um peso para ele que eu mesmo não consigo dimensionar. Esta possiblidade indica o quanto necessito alinhar reflexão e ação, me dispora repensar  e redimensionar a minha prática constantemente, tendo como objetivo não apenas a formação integral do meu aluno, como o cumprimento daquilo que me cabe como alguém a quem não apenas os homens, mas o próprio Deus confiou tão grande responsabilidade, estando ele mesmo disposto a me ajudar nas dificuldades.
Encerro essa reflexão assim como a iniciei, deixando para cada um de nós um texto bíblico que reflete um conceito universal:
“Aquilo que o homem semear, isto mesmo ceifará”.
Bom Estudo!

Professora Luciana Soares

Nenhum comentário:

Postar um comentário