Sugestão de sequência didática:
- 1. Quem gosta de futebol? Fazer uma enquete sobre o interesse dos alunos sobre o esporte, falar sobre os seus times preferidos, avaliar o nível de interesse trazendo questões sobre qual é o mascote do seu time? Qual é o principal jogador do time no momento? Você conhece as cores do seu time? E o hino, você sabe? Você assiste aos jogos do seu time preferido regularmente? Sabe a posição atual dele no campeonato deste ano?
- 2. Leitura de texto jornalístico da globo.com sobre torcedores que tem ajudado financeiramente seus times de coração (anexo). Busque saber a opinião deles em relação a este gesto por parte de alguns torcedores, faça uma tabela de contra e a favor e selecione dois alunos com opiniões diferentes para expor diante da classe sua opinião com argumentos lógicos. Explique a eles o que são argumentos.
- 3. Produção de texto – Peça-lhes que escrevam um pequeno texto expondo e explicando sua opinião através de argumentos lógicos.
- 4. Leitura e interpretação do texto: “O dono da bola” e “futebol na raça”, explore as questões sugeridas e aproveite para fazer intervenções necessárias com respeito aos gêneros textuais, pontuação etc.
Torcedores ajudam financeiramente seus times de coração
De Norte a
Sul do Brasil, dar dinheiro para clube de futebol tem virado rotina. Nunca os
torcedores ajudaram tanto os seus times.
Você daria dinheiro para o seu time de coração? De Norte a Sul do Brasil,
isso tem virado rotina. Nunca os torcedores ajudaram tanto os seus times.
A entrada da sede do Vila Nova, em Goiânia, ficou do jeito que seu Zé
Antônio queria. Fachada, estacionamento, tudo reformado, inclusive, o tigrão,
mascote do clube.
A obra custou cerca de R$ 15 mil, e quem pagou toda a conta sozinho, foi seu Zé Antônio, que é aposentado, de classe média.
A obra custou cerca de R$ 15 mil, e quem pagou toda a conta sozinho, foi seu Zé Antônio, que é aposentado, de classe média.
"Esse valor é inexpressivo pelas vitórias e pelas alegrias que esse
clube já me deu”, diz Seu Zé Antônio.
Em Belém, a obra no estádio do Paysandu foi bem maior. Ficou bonito. Tem
telão, gramado novo, sistema de irrigação e é no vidro, que agora divide a
torcida do campo, que estão os nomes de quem pagou toda essa reforma: os
torcedores. Entre eles, Iêda Cristina Almeida.
"É um orgulho enorme ver a nossa Curuzu lindíssima desse jeito,
toda pintadinha, bonitinha, ainda mais com essas placas lindas e, o melhor, com
o nosso nome aí", conta a torcedora do Paysandu.
A conta da reforma da sede do Ceará também foi paga por torcedores do
clube. Eles têm até uma associação criada especialmente para ajudar o time do
coração.
"Foi através do pouco de muitos que a gente conseguiu essa
construção através da campanha Ceará Unido que toda vida foi vinculada ao
Projeto Ceará 2000”, diz o torcedor do Ceará.
No Sul, o Grêmio ganhou um jogador. O torcedor Celso Rigo pagou cerca de
R$ 12 milhões e levou para o tricolor o meia Giuliano, que estava na Ucrânia.
Os torcedores do Paraná Clube já fizeram até vaquinha para pagar aos
jogadores a premiação por vitória, o chamado bicho. O elenco do Paraná está com
salários atrasados. Assim como os jogadores do Botafogo, que também receberam
parte dos atrasados graças à ajuda de torcedores.
É, já foi o tempo em que o torcedor ajudava o seu time apenas comprando
ingresso para os jogos, gritando na arquibancada, agitando bandeiras, comprando
camisa, produtos oficiais do clube. Então, o que você seria capaz de fazer pelo
seu time de coração?
"Contrataria o Robben, o Schweinsteiger e o Özil, para poder dar
uma melhorada aí no Flamengo, que está precisando", sonha um torcedor.
"Daria dinheiro para contratar jogadores, fazer um estádio
também", revela uma torcedora.
“Sem dinheiro, é meio difícil, mas acho que vindo ao estádio acho que já
é uma ajuda já apoiando", comenta um torcedor.
"Acho que eu só podia orar por ele porque hoje ele não está em um
momento muito bom na tabela, não”, diz uma torcedora.
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2014/09/torcedores-ajudam-financeiramente-seus-times-de-coracao.html
ESCOLA DOM
AVELAR BRANDÃO VILELA
ALUNO:_______________________________DATA:______________
Atividade de leitura e interpretação
6º ano
O dono da bola
Ruth Rocha
O nosso time estava cheio de amigos. O
que nós não tínhamos era a bola de futebol. Só bola de meia, mas não é a mesma
coisa.
Bom mesmo é bola de couro, como a do Caloca.
Mas, toda vez que nós íamos jogar com Caloca, acontecia a mesma
coisa. E era só o juiz marcar qualquer falta do Caloca que ele gritava logo:
– Assim eu não jogo mais! Dá aqui a minha bola!
– Ah, Caloca, não vá embora, tenha espírito esportivo, jogo é
jogo...
– Espírito esportivo, nada! – berrava Caloca. – E não me chame de
Caloca, meu nome é Carlos Alberto!
E assim, Carlos Alberto acabava com tudo que era jogo.
A coisa começou a complicar mesmo, quando resolvemos entrar no
campeonato do nosso bairro. Nós precisávamos treinar com bola de verdade para
não estranhar na hora do jogo.
Mas os treinos nunca chegavam ao fim. Carlos Alberto estava sempre
procurando encrenca:
– Se o Beto jogar de centroavante, eu não jogo!
– Se eu não for o capitão do time, vou embora!
– Se o treino for muito cedo, eu não trago a bola!
E quando não se fazia o que ele queria, já sabe, levava a bola
embora e adeus, treino.
Catapimba, que era o secretário do clube, resolveu fazer uma
reunião:
– Esta reunião é para resolver o caso do Carlos Alberto. Cada vez
que ele se zanga, carrega a bola e acaba com o treino.
Carlos Alberto pulou, vermelhinho de raiva:
– A bola é minha, eu carrego quantas vezes eu quiser!
– Pois é isso mesmo! – disse o Beto, zangado. – É por isso que nós
não vamos ganhar campeonato nenhum!
– Pois, azar de vocês, eu não jogo mais nessa droga de time, que
nem bola tem.
E Caloca saiu pisando duro, com a bola debaixo do braço.
Aí, Carlos Alberto resolveu jogar bola sozinho. Nós passávamos
pela casa dele e víamos. Ele batia bola com a parede. Acho que a parede era o
único amigo que ele tinha. Mas eu acho que jogar com a parede não deve ser
muito divertido.
Porque, depois de três dias, o Carlos Alberto não aguentou mais.
Apareceu lá no campinho.
– Se vocês me deixarem jogar, eu empresto a minha bola.
Carlos Alberto estava outro. Jogava direitinho e não criava caso
com ninguém.
E, quando nós ganhamos o jogo final do campeonato, todo mundo se
abraçou gritando:
– Viva o Estrela-d’Alva Futebol Clube!
– Viva!
– Viva o Catapimba!
– Viva!
– Viva o Carlos Alberto!
– Viva!
Então o Carlos Alberto gritou:
– Ei, pessoal, não me chamem de Carlos Alberto! Podem me chamar de
Caloca!
1) Quem é o
protagonista, isto é, o personagem principal da história?
2) Quem narra a
história participa dela ou não?
3) Carlos Alberto
costumava fazer chantagem e impor condições para emprestar sua bola de couro.
Comprove a afirmação com uma frase retirada do texto.
4) Qual era a
finalidade da reunião que Catapimba, o secretário do time, resolveu fazer?
5) Qual era o
nome do time?
6) Ao final, o time saiu campeão. Se Carlos Alberto tivesse
continuado com o mesmo comportamento de antes, tu achas que o time sairia
vitorioso? Justifique sua resposta.
7) Relacione as ações às reações dos personagens:
(1) O juiz marca falta.
(2) Catapimba fez uma
reunião para resolver o problema.
(3) Caloca se arrepende e
pede para voltar ao time.
(4) O time conquista a
vitória no campeonato.
( ) Caloca retira-se do time,
isolando-se dos colegas.
( ) Todos se abraçam e gritam “viva”.
( ) Caloca grita: “Assim eu não jogo
mais! Dá aqui a minha bola!”
( ) Os colegas recebem Caloca de volta
ao time.
8) Carlos Alberto
apresenta características diferentes no decorrer dos três momentos da
narrativa. Faça a devida associação:
(1) 1° momento
(2) 2° momento
(3) 3° momento
( ) solitário
( ) briguento
( ) cooperativo
( ) egoísta
( ) zangado
( ) arrependido
( ) chantagista
( ) amigável
( ) encrenqueiro
- Agora, leia este segundo
texto:
Futebol na
raça
Criado
na Inglaterra em 1863, ele desembarcou no Brasil 31 anos depois, na forma de
uma bola trazida debaixo do braço pelo estudante paulista Charles Miller.
Chegou elitista, racista e excludente. Quando se organizaram os primeiros
campeonatos, lá pelo começo do século, era esporte de branco, rico, praticado
em clubes fechados ou colégios seletos. Negros e pobres estavam simplesmente
proibidos de chegar perto dos gramados, mas mesmo à distância, perceberam o
jogo e deles se agradaram.
Estava
ali uma brincadeira feita sob medida para pobre. Não exige equipamento especial
além de um objeto qualquer que possa ser chutado como se fosse bola. Pode ser
praticado na rua, no pátio da escola, no fundo do quintal. O número e o tipo de
jogador dependem apenas de combinação entre as partes. Jogam o forte e o fraco,
o baixinho e o altão, o gordo e o magro. (...)
Maurício Cardoso. Revista Veja.
9) Compare esse texto com O dono da bola e assinale as alternativas
corretas:
( ) Os dois textos tratam do mesmo
assunto.
( ) O
dono da bola é um texto
informativo que traz dados sobre o futebol.
( ) Futebol
na raça é um texto
informativo e O dono da bola é a narração de uma história.
( ) A frase “O futebol chegou elitista,
racista e excludente” não combina com o futebol de rua onde todos podem jogar.
10) Faça uma relação das
palavras-chaves empregadas nos dois textos, ou seja, das expressões mais
diretamente ligadas ao futebol. (No mínimo 10!)
Respostas:
1- Carlos Alberto
(Caloca).
2- Participa.
(Verifica-se em “Nós passávamos pela casa dele.../E, quando nós ganhamos o jogo
final do campeonato...”)
3- “– Se o Beto jogar de
centroavante, eu não jogo!”
4- A reunião era para
resolver o caso de Carlos Alberto, que só criava confusão.
5- Estrela-d’Alva
Futebol Clube.
6- Resposta pessoal.
7- 2,4,1,3
8- 2, 1, 3, 1, 1, 3, 1,
3, 1
9- Apenas a 2ª opção não
deve ser marcada, pois está incorreta.
10- Bola, time, juiz,
falta, campeonato, centroavante, capitão, treino, clube, jogo...
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